quarta-feira, abril 19, 2006

Dança eu, dança você, na dança da solidão

Diante da frase: "O cafageste é antes de tudo um romântico desiludido". Fiquei pensando: Estaríamos nós numa ciranda de desilusões amorosas?

Era uma vez... Carlos.

Carlos era um rapaz romântico. Gostava de filmes de amor, daqueles holiwoodianos mesmo, do tipo "amor eterno". Ele sabia da força de um amor de verdade, do quanto é bom conhecermos uma pessoa a fundo, saber das suas virtudes e fraquesas e amá-la do jeitinho que ela foi feita. Da companhia que nunca o deixa, mesmo que ela não esteja lá, de corpo presente. Sabia que um dia iria encontrar a moça que tornaria a vida mais fácil, mais alegre, mais suave. Que um dia veria nos olhos dessa mulher os seus filhos e ficaria extremamente feliz por saber que ali estava a pessoa com quem compartilharia a vida até seu fim.
Um dia essa moça apareceu. Se chamava Claudia.

Depois de vê-la pela primeira vez, seu sono era interrompido pela felicidade que Carlos sentia ao imaginar como seria seus dias ao lado dela. Acho que começaram a namorar 3 meses depois. E como na música "Sonhos", interpretada pelo Caetano:

"Quando o meu mundo era mais mundo
E todo mundo admitia
Uma mudança muito estranha
Mais pureza, mais carinho, mais calma, mais alegria
No meu jeito de me dar
Quando a canção se fez mais clara e mais sentida
Quando a poesia realmente fez folia em minha vida"

Ele foi levado pelo amor incondicional. E, infelizmente, quis o destino não parar a música.

"Você veio me falar dessa paixão
Inesperada por outra pessoa"

A diferença é que Cláudia não contou nada, ele descobriu num flagrante, uma coincidencia desastrosa e ao mesmo tempo necessária.

Mais tarde, depois de muitas lágrimas, ele foi atrás da única pessoa que poderia esclarecer o que tinha acontecido com o amor dos dois, Cládia.

Me dá uma explicação, porque vc fez isso comigo? Eu te amava! Como você pode?
Eu te amo cláudio, acredite. Eu nem estava envolvida com ele.Acho que já sofri demais em relacionamentos anteriores, tenho medo de me envolver profundamente novamente.

Cláudio sem dizer uma palavra saiu de cena. Ele estava transtornado com o acontecido. Tinha percebido que seus sentimentos foram traídos, que tinha se enganado a vida toda. E generalizou colocando na sua cabeça que "mulher não presta". E então, o menino romântico, trounou-se mais um na estatística crescente dos desamados, se tornou o cafajeste.

Sua primeira vítima veio rapidamente. E desde então o ciclo se repete, ele trai, ela fica com "uma cicatriz" e trai o próximo e por aí vai. Já cansei de ouvir historias desse tipo e com vítimas de ambos o sexo.

Eu me pergunto: Estaríamos perdendo os românticos, vítimas da numerosa quantidade de pessoas que não acreditam no amor? A ciranda de desilusões existe? E você, ainda é um romântico ou faz parte do clube dos cafagestes?

Calma! Eu ainda sou um romântico inveterado. :]

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